domingo, 14 de novembro de 2010

This too shall pass...more or less.

No seguimento disto.

Ninguém devia saber o que é perder um pai antes dos 50, mas nem todos podem ter esse privilégio. Alguns sabem o que isso é mais cedo. Não há grande coisa que se possa dizer ou fazer. Eu ofereço comida e água. Dou o meu testemunho, mas até isso pode falhar porque cada pessoa vive a dor de forma diferente.

Posso dizer que a dor e o vazio vão passando. É um sufoco que quase dá vontade de fugir do nosso próprio corpo. Depois uma inércia: "Não sinto nada" - é mesmo isso.

A saudade fica. Também não creio que seja suposto nos esquecermos de quem por cá passou. Especialmente um pai. A saudade é muita nos primeiros tempos e depois vai atenuando. Depois há um dia em que aumenta e depois volta a diminuir. Depois estabiliza. Vai passando o tempo. Vem um dia que tens muita saudade, chega a doer, e no outro dia já estabiliza outra vez durante mais x tempo.

Depois há coisas que ajudam a diminuir a dor. Para mim foi muitas vezes o amor de Deus que veio tapar o buraco da falta do pai.

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