"É que ele...(lágrimas quase a cair) sempre foi um segundo pai para mim.", disse A.
"Se ele é um segundo pai para ti, então imagina, ele é o meu primeiro", disse I.
Dói-me, nem tanto as atitudes dele, a vida ensinou-me bem cedo a maldade que há nas pessoas e que não há muitas pessoas que se possa confiar, que atrás vem a facada e, além disso, nos últimos dias ele tem nos habituado a esperar qualquer coisa, não, o que me dói mesmo é ver a tristeza na cara da minha irmã, são os nervos que levam a minha mãe á exaustão, é a desilusão na cara da minha prima, é chegar a casa todos os dias e levar com mais uma pancada.
Sim, realmente, para nós ele sempre foi um segundo pai desde que o nosso faleceu, mas, neste momento, gostava que o primeiro estivesse aqui para lhe dar um valente murro nas fussas.
Mas não é só ele, são os dois. A forma como vocês os dois fazem de todos á vossa volta bonecos, marionetas...o egoísmo.
"Eu realmente acho que depois de tudo o que vocês passaram, isto era a última coisa que vocês precisavam", disse I.
Eu ouço calada.
Realmente eu acho que ter ficado sem pai aos 11, especialmente no dia de aniversário, as dificuldades, lutas que tivemos que passar, entre outras coisas que não me apetece minimamente falar, isto...isto não era mesmo o que nós precisávamos.
Mas pronto. Há que seguir em frente.
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