Os pais foram criados por Deus por uma razão. E, embora eu saiba que os pais não podem proteger os filhos de tudo, ás vezes sinto uma imensa falta da presença e segurança de ter-te aqui. Se aqui estivesses, eu tenho a certeza que me sentiria mais segura no que diz respeito a algumas coisas. Se estivesses aqui não tinha receio porque enfrentarias o mundo por mim, como já te vi fazer. Quando certas circunstâncias aparecem, especialmente as últimas, sei que se estivesses aqui, o medo seria menor, que não passaríamos por metade do que passámos nos últimos tempos. Não há maior protecção que a divina, eu sei disso, mas também sei que a figura do pai foi criada com um propósito. A segurança de ter um pai é diferente de não ter. Os papéis que desempenhamos nas nossas vidas e nas dos outros existem porque fazem-nos falta. Preenchem um lugar.
Nestes 13 anos que passaram vivemos, sobrevivemos mais precisamente, os dias passam e há dias que a memória chega-me para me aquecer o espaço do pai no coração (que eras assim, que fazias isto), mas há outros, como hoje, que o relembrar-te é sentir falta de ti. É tocar na falta que sinto de um abraço de ti, pai, da segurança que me trazias enquanto criança. É a vontade física de te trazer de volta para nos proteger dos maus. Lembrar-te é sempre bom, mas ultimamente significa saudade e isso significa qualquer coisa aqui no coração que se aperta.
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