sexta-feira, 12 de agosto de 2011

Que parva que sou

Hoje as lágrimas não me largaram.
Quando ontem me pediram para adiar as férias num mail geral para todos, eu pensei: "É um sacrifício, vai ser difícil, mas eu faço-o, vão todos fazê-lo, vai ser um esforço, um sacrifício de/em equipa." E aceitei mudar as férias de acordo com o que viesse a ser necessário para dar formação aos romenos.
Eu tinha 2 semanas marcadas em Agosto e uma a meio de Setembro. Hoje fiquei sem elas e marquei, com muito custo (porque ainda insistiram comigo para eu não pôr dias ali), 2 semanas para o final de Setembro.
Qual não é o meu espanto e choque hoje, quando descubro que a única parva e otária que vai fazer o sacrifício sou eu.
Qual não é o choque...primeiro recebo um mail a dizer "entrega-me a alteração de férias" e logo outro a seguir a relembrar as férias que iam acontecer no mês de Agosto: nem um dos meus chefes abdicou/alterou as suas férias e apenas um colega puxou uma semana mais para o lado, mas aqui a je teve que abdicar completamente das férias de Agosto e mesmo a semana a meio de Setembro teve de ser adiada.
Mas é claro, Tatiana, que ingénua, então, mas tu achas mesmo que alguém ia pensar o mesmo que tu? Abdicar das férias em prol do trabalho? Em solidariedade com quem as tinha de alterar? Óbvio que não. Que parva que sou.

E já nem à Roménia vou. Com o CAP, 3 semanas não dá e 2 semanas não ia lá fazer nada ao que parece. Isso não é culpa de ninguém, mas é triste. Porque se tinha de ficar, ao menos que fosse ver coisas novas. Mas não.

E depois perguntam-me "Estás triste?".
Não, é o dia mais feliz da minha vida, queres ver?
Ah, e não me peçam para desejar boas férias a algumas pessoas, porque não o vou conseguir fazer para já.
O que me magoa é a ilusão agora completamente destruída de que outros fossem ou considerassem fazer o mesmo que eu.
Que desilusão. Mas qual desilusão?

Que parva e otária que sou!

1 comentário:

  1. Tati, infelizmente vais estar sempre rodeada de gente assim. Chama-se a isso mundo do trabalho. A única solução é manteres-te fiel às tuas convicções e aceitares que nem toda a gente vai valorizar isso.

    Descansa miúda, todos nós aprendemos a sobreviver ;)

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